segunda-feira, 30 de novembro de 2009

LIVRE PARA SERVIR A DEUS


Texto: Lucas 8:22:40.


INTRODUÇÃO



Não posso dizer que o trecho da cura do endemoninhado geraseno seja minha passagem bíblica favorita. Essa não é uma história agradável de ler, quando se pensa no que os demônios faziam com aquele homem. Porém, toda a Escritura é útil para o nosso aprendizado e crescimento espiritual (2 Timóteo 3:16). Nesse texto há uma série de ensinamentos que podemos extrair, para uma compreensão mais clara do mundo espiritual. Algo que minimiza o peso dessa história é o resultado da ação de Jesus, que libertou esse homem das garras do Diabo.

Ensinamentos para uma compreensão mais clara do mundo espiritual.



I- OPOSIÇÃO: QUANDO NOS PROPOMOS A SERVIR A DEUS ENFRENTAREMOS OPOSIÇÕES (LUCAS 8:22-25).

a) O Senhor Jesus estava com uma popularidade muito alta, devido a seu ministério de curas. Mas, ele, então, chama os seus discípulos para irem ao outro lado da margem do lago (v. 22).

b) Subitamente, veio uma tempestade de ventos no lago e todos os discípulos temeram (v. 23).

c) O Diabo já sabia era o objetivo de Jesus naquela cidade, libertar o geraseno, então, ele não poderia deixar que isso acontecesse sem lutar.

d) O mesmo acontece conosco, quando nos propomos a ler mais a Bíblia, freqüentar mais os cultos, evangelizar, etc; Ventos sopram, o mar se agita, mas nós devemos repreender esse vento e continuar firmes em nossos propósitos (2 Pedro 5:8-10).

e) Por isso, é importante orarmos pelos cultos, para que ventos sejam acalmados na vida daqueles que planejam visitar a igreja. Orarmos também pelos membros, para que os mesmos tenham os ventos acalmados e possam vir aos cultos de oração.



II- ESCRAVIDÃO E LIBERTAÇÃO

a) Após vencer a tempestade Jesus se encontrou com o homem. Esse homem estava em um estado de possessão demoníaca, ou seja, ele não tinha controle de suas ações. Os evangelhos sinópticos descrevem detalhes da vida que esse homem tinha: Mateus 28:8-33: Saído dos sepulcros, furioso, ninguém podia passar por aquele lugar; Marcos 5:1-14: Clamando por entre os sepulcros e pelos montes, ferindo-se com pedras e Lucas 8:26-39: Não se vestia, não habitava em casas, quebrava cadeias, impelido para o deserto, vivia nos sepulcros.



b) Uma legião do mau: o demônio afirmou ser Legião (v. 30), sobre essa autodenominação o Dr. Champlin nos esclarece: “A resposta legião, mostra que esse homem já perdera a sua identidade pessoal: considerava-se uma entidade múltipla. Legião é a palavra latina para uma divisão do exército constante de cerca de seis mil homens; mas essa palavra passou a fazer parte do vocabulário aramaico, assumindo o sentido de grande número, sem limites específicos. De acordo com o diagnóstico popular da época, a severidade da aflição era proporcional ao número de demônios que a causavam” [...]. (CHAMPLIN, 2005:85). Mesmo que não possamos afirmar que havia 6000 demônios naquele homem, podemos ter uma noção pelo número de porcos que morreram, cerca de 2000.



c) Não devemos pensar que o Diabo só controla as pessoas por meio da possessão, pelo contrário, essa talvez seja o meio mais raro de controle. Aqui temos o exemplo das pessoas da cidade, que após a narração dos porqueiros, vieram até Jesus, viram o homem, curado: De fato acharam o homem de quem saíram os demônios, vestido, em perfeito juízo, assentado aos pés de Jesus [...] (v. 35).



d) Mesmo tendo constatado tal milagre, expulsaram Jesus de sua cidade e conseqüentemente de suas vidas: “Rogou-lhe que se retirasse deles [...]” (v. 37). Ainda, hoje, muitas pessoas não estão possessas por espíritos malignos, mas sob sua influência ideológica e expulsam Jesus, trocando-o pelo materialismo. Esses gesarenos continuaram escravos, enquanto o endemoninhado havia sido liberto.





III- LIVRE PARA SERVIR (VS. 38-40).

a) Aquele homem demonstrou uma gratidão muito grande por Jesus, a ponto de querer segui-lo por qualquer lugar. Mas, o Senhor o enviou a sua casa (à casa do endemoninhado), para que ele contasse tudo o que Deus fez por ti (v. 39). Muitas vezes, achamos difícil evangelizar, mas o que temos que fazer é contar tudo o que Deus tem feito por nós, essa é a maior mensagem que temos a pregar.

b) Ele foi e anunciou em toda sua cidade e região o que Jesus lhe tinha feito. Essa passagem deve mudar também, a maneira em que vemos as pessoas, nunca devemos nos esquecer que Jesus pode mudar a vida delas, não importa quantos demônios haja em suas vidas, ou o nível de influência, Cristo pode libertar a todas.

c) Quando Jesus voltou para o outro lado do barco, havia uma mutilado o esperando com alegria, diferentemente dos de Gadara: Ao regressar Jesus, a multidão o recebeu com alegria, porque todos o estavam esperando (v. 40).

d) Oro para que você não esteja do lado dos gerasenos, mas sim, das pessoas que recebem a Jesus com alegria.





CONCLUSÃO



Precisamos trabalhar para o Senhor, mas temos que saber que ao tomar essa decisão, ventos se levantarão para nos fazer parar, precisamos repreender esses ventos e continuar rumo a nosso propósito, sabendo que encontraremos pessoas que estão se autodestruindo e precisam de nossa ajuda. E que Todas poderão ser livres para servir a Jesus.




BIBLIOGRAFIA



CHAMPLIN, R. N. O Novo Testamento Interpretado - versículo por versículo. Vol. 2. São Paulo: Editora Hagnos: 2005.

domingo, 8 de novembro de 2009

SUA HORA CHEGARÁ - Aprendendo a esperar em Deus


Texto: João 5:1-18.


Esperar em Deus é ficar na expectativa de que a qualquer momento ele agirá!



INTRODUÇÃO



Quem não está esperando que algo de especial aconteça em sua vida? Poderá ser o emprego dos sonhos, a saúde, conversão de familiares, a compra de um bem de valor, entre outras coisas. Daí, olhamos para vida de alguém e vemos que tudo que pedimos para nós está acontecendo com outras pessoas, então nos perguntamos: Quando acontecerá comigo, Senhor? No texto Bíblico temos a história de um homem que esperou muito tempo para que Deus agisse em sua vida, ele também enfrentou a expectativa, a dor da espera, mas Deus agiu em sua vida. Deus agirá em sua vida, sua hora chegará. Nessa mensagem vamos aprender como esperar o tempo de Deus?



I- ESPERAR O TEMPO DE DEUS EM DEUS (v 2-4).

a) Esse homem sofria a trinta e oito anos, ele poderia estar em casa, mas estava à porta das ovelhas, esperando que o seu Pastor, Deus (Salmo 23) tivesse misericórdia dele, Betesda significa casa de misericórdia.

b) Há pessoas que quando estão com problemas se afastam das ovelhas e da casa de misericórdia, ou seja, qualquer problema não participam da igreja, mas diante dos problemas a igreja poderá ser útil para sua cura espiritual e contato com Deus.

c) Às vezes nos sentimos os mais infelizes do mundo, mas sempre há e haverá alguém com mais problemas do que nós. Como forma de acalmar a ansiedade da igreja Pedro explicou: “...Certos de que sofrimentos iguais aos vossos estão-se cumprindo na vossa irmandade espalhada pelo mundo [...] depois de terdes sofrido por um pouco, ele mesmo vos há de aperfeiçoar, firmar, fortificar e fundamentar” (1 Pedro 5:9 e 10).

d) Para que a vontade de Deus se cumpra em nossas vidas precisamos esperar em Deus, continuar firmes na fé. Aquele homem, mesmo sabendo como seria difícil chegar antes ao poço, estava ali.





II- ESPERAR O TEMPO DE DEUS É MANTER A ESPERANÇA.

a) Não se sinta só: “Senhor, não tenho ninguém que me ponha no tanque...” (v. 7). Constantemente achamos que ninguém liga ou gosta de nós, e por isso abandonamos o trabalho, a igreja, amigos etc. Jesus te ama, cuida de você, ele é o teu ajudador.

b) “...Pois, enquanto eu vou, desce outro antes de mim”: Não se entristeça com o sucesso dos outros. Fico imaginando a tristeza daquele homem quando outra pessoa saía curada da água, ou quando via a água se agitar e não conseguia pular. O que Deus tem para você, será entregue a você e não a outro, apenas fique próximo do POÇO DA VIDA.

c) “O primeiro que entrava no tanque” Nem todos têm as mesmas oportunidades na vida, mas todos podem ter o mesmo Deus. Há momentos que pessoas são julgadas por serem fracas, enquanto outras conquistam algo e elas não, como se dependessem delas, mas nem sempre, às vezes a pessoa quer pular, mas vem outra antes dela. Nessa história, provavelmente, as pessoas com doenças menos grave pulavam antes. Como um cego pularia? Como um paralítico pularia primeiro? Você deve pular, mas reconhecer que é a misericórdia de Deus e não por uma superioridade intrínseca.



III- ESPERAR O TEMPO DE DEUS É TOMAR POSIÇÃO NO MOMENTO CERTO (V. 8-18).

a) Permaneça na graça: Jesus o encontrou novamente, o antigo enfermo estava no templo, havia muitas coisas que a décadas ele não fazia, mas, escolheu continuar na presença de Deus (v. 14).

b) Há pessoas que esperam muito em Deus, orando, freqüentando aos cultos, mas quando Deus abençoa, saem pela porta das ovelhas e procuram o aprisco do mundo (2 Timóteo 4:10).

c) Mantenha uma vida santa: Esse homem chegou a tal estado devido a conseqüência de algum pecado, agora ele estava curado, deveria, não voltar para os velhos hábitos. Certas situações da vida são criados pelo próprio ser humano.

d) A nossa vida deve ser para glorificar a Deus: Nessa passagem Jesus fez uma revelação de sua divindade que até os próprios judeus perceberam: “...dizia que Deus era seu próprio Pai, fazendo-se igual a Deus” (v. 18).



CONCLUSÃO



Não importa há quanto tempo você está esperando as coisas em sua vida tomarem outro rumo, permaneça próximo ao POÇO que é Deus e na Casa de Misericórdia que é a igreja. No momento certo Deus agitará as águas e te jogará nelas. Apenas espere em Deus!

domingo, 25 de outubro de 2009

O Cristo Glorioso

Texto: Isaias 9:6.

Introdução

Nos capítulos 6 e 7 do livro de Atos dos Apóstolos temos a descrição da história de Estevão, que foi um dos primeiros diáconos da igreja cristã. Ele, após um debate com o Sinédrio, teve uma visão Gloriosa do Jesus Exaltado: “...Fitou os olhos no Céu e viu a glória de Deus e Jesus, que estava a sua direita” (Atos 7:55). Essa visão liga-se, pela glória de Cristo, aos títulos dados a Jesus em Isaias capítulo 9:6 que demonstram a Grandeza de Cristo.

I- Maravilhoso Conselheiro
a) Só Ele pode dar o real sentido a nossas vidas (João 14:12; Filipenses 1:21).
b) Cristo é uma necessidade e não uma opção para os que o ama (João 6:68-69).
c) Sempre presente em nossas vidas (Mateus 28:20).
d) “Não existem problemas, nos céus ou na terra, que Ele não possa resolver” (CHAMPLIN, 2001:2819)

II- Deus forte
a) Além da Cruz: Quando falamos de Cristo, talvez, uma primeira imagem que nos vem à mente seja a Cruz, porém, a cruz foi apenas um momento na vida de Cristo e ela não resume seu ser por inteiro.
b) Uma demonstração de amor: O Senhor Jesus demonstrou um grande amor ao aceitar morrer na Cruz; Mas, ele foi exaltado depois de tamanha humilhação (Filipenses 2:8).
c) Cristo é a imagem do Pai, nele tudo subsiste e todo o poder foi dado a ele (Mateus 28:18; Colossenses 1:15-19).
d) Ele é poderoso para nos ajudar, não temos um Deus fraco, mas um Deus forte (Filipenses 4:13).


III- Pai da Eternidade
a) Cristo é o Alfa e o Ômega (A e Z) (Apocalípse 1:8; João 1:1;).
b) Ele é a Vida, portanto, a morte não pode detê-lo (João 14:12).
c) Rei de um Reino que nunca terá fim, diferentemente dos demais, como: Herodes, César, Alexandre entre muitos outros (Hebreus 1:8).
d) Ele para sempre será chamado de Senhor dos senhores e Rei dos reis (Apocalipse 17:14 e 19:16).

IV- Príncipe da Paz
a) O nascimento dele foi uma demonstração de que Deus deseja paz na terra (Lucas 2:14).
b) Ele veio para pagar nossa dívida para com ele mesmo, entregando-se a si próprio pelos nossos pecados e nos dando livre acesso a presença do Pai Celeste (Romanos 5:1; Colossenses 2:14).
c) Sua paz é inigualável, a paz de poder estar na presença do Pai (Lucas 24:36; João 14:27).

Considerações Finais

Quanto Estevão foi apedrejado, próximo de sua morte ele disse duas palavras:
“Senhor Jesus, recebe o meu espírito” e “Senhor, não lhes imputes este pecado” (Atos 7:59 e 60), essas foram duas palavras também ditas por Jesus na cruz, tal fato demonstra o quanto Estevão admirava e desejava ser imitador de Cristo; isso porque ele conhecia o Cristo Glorioso relatado em Isaias 9:6.



BIBLIOGRAFIA

CHAMPLIN, R. N. O Antigo Testamento Interpretado – versículo por versículo, Vl. 05. São Paulo: Editora Hagnos, 2001.

domingo, 11 de outubro de 2009

LIDANDO COM OS FARDOS DA VIDA


INTRODUÇÃO




Mesmo na vida cristã carregamos muitos fardos. Um fardo é algo pesado, difícil de ser carregado. Porém, muitos dos fardos que levamos, os levamos por mera iniciativa, pois, tais fardos já foram carregados por Cristo. Diz-nos a Bíblia: Para a liberdade foi que Cristo nos libertou. [...] não vos submetais, de novo, a jugo de escravidão (Gálatas 5:1). O Jugo de escravidão a que se refere o apóstolo Paulo é constituído dos dogmas legalistas que nos são impostos pela religião. Em Gálatas capítulos 5 e 6 aprendemos algo importante, no que diz respeito aos fardos que carregamos, sejam eles voluntários ou legítimos. Vejamos então como devemos lidar com os Fardos da vida.



I- Cristo levou o fardo que nós não podíamos carregar (Gálatas 5:1).



a) O fardo do pecado: A Bíblia diz que Cristo nos chamou para a liberdade, isso porque nós estávamos escravizados em nossos desejos (Efésios 2:1) e mesmo que quiséssemos não conseguiríamos nos libertar por nós mesmos.

b) O fardo da morte: “Para que por sua morte, destruísse aquele que tem o poder da morte, a saber, o diabo, e livrasse todos que, pelo pavor da morte, estavam sujeitos à escravidão por toda a vida” (Hebreus 2:14 e 15).

c) O fardo da fadiga espiritual: “Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve” (Mateus 11:30).

d) O fardo da preocupação: “Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim” (João 14:1).

e) O fardo da dor: “Estas coisas vos tenho dito para que tenhais paz em mim. No mundo, passais por aflições; mas tende bom ânimo; eu venci o mundo” (João 16:33).




II- Devemos ajudar nossos irmãos com seus fardos (Gálatas 6:1 e 2).



a) Devemos ajudar nossos irmãos em suas fraquezas, todos nós temos algo a oferecer a alguém, seja um elogio, uma exortação, uma palavra de encorajamento, tais ações devem visar o crescimento espiritual do próximo.

b) Não se ajuda alguém prejudicando a si mesmo: Enquanto ajudamos o irmão caído ou ferido, devemos cuidar para não concordemos com o erro ou sejamos levados ao mesmo tipo de engano. (Gálatas 6:2).

c) Não só devemos ajudar nossos irmãos com suas cargas, mas, também, solicitar ajuda quando necessário. A Bíblia diz para levarmos as cargas uns dos outros, e não apenas uma pessoa levar a carga de todos. Ninguém aquentará por muito tempo. Todos precisam de todos.




III- Cada pessoa deve levar sua própria carga (Gálatas 6:5).



a) Um falso paradoxo: parece que aqui temos uma grande contradição, pois começamos dizendo que Cristo levou nosso fardo, depois que deveríamos levar os fardos uns dos outros e agora que cada um deve levar seu próprio fardo.

b) Resolvendo a contradição: aqui se trata de um processo em nossa vida ou de momentos distintos. Tudo começa com Cristo, ele nos tira uma pedra das costas, nos livra do Faraó, que nos oprimia e nos leva para um mundo (a igreja espiritual) onde encontramos irmãos, fracos, imaturos e também fortes e maduros. Continuamos tendo cargas, que não se comparam com a anterior, agora temos cargas mais leves, que se não conseguimos levar é por uma fraqueza do momento.

c) Continuando a explicação: Devemos então ajudar tais pessoas com seus fardos, até que elas sejam restabelecidas e possam levar seus próprios fardos e até ajudar outros mais fracos.

nalmente: Devemos assumir a responsabilidade pela nossa vida e não transferi-la a outros (à igreja, ao pastor, aos irmãos) cada um levará seu próprio fardo.

e) Às vezes observamos irmãos que nunca conseguem ter uma maturidade espiritual.



Ilustração: De vez em quando me deparo com um objeto que não consigo carregar, então chamo alguém, para que me ajude a colocá-lo nos ombros e após essa pessoa ter me ajudado eu sigo meu caminho agradecido e a pessoa segue o dela, com seu próprio fardo, pois todos têm fardos.





CONCLUSÃO


O que Cristo fez nós não poderíamos ter feito (a salvação, a regeneração, a alegria de viver), mas, existem muitas coisas que podemos fazer por nossos irmãos e recebermos deles, também, há muitas coisas que podemos e devemos fazer por nós mesmos. Que Deus nos abençoe e nos ajude a crescermos espiritualmente.



segunda-feira, 14 de setembro de 2009

A VOCAÇÃO DE LEVI - Aprendendo a valorizar as pessoas

Texto: Lucas 5:27-32



INTRODUÇÃO



As pessoas que Jesus escolheu para compor Seu ministério, não foram o tipo de que talvez nós escolheríamos para estar ao nosso lado. Um exemplo claro dessa afirmação é o chamado de Levi, ou Mateus. Tal método de Jesus deve ser comparado com nossa forma atual de lidarmos com as pessoas, sempre privilegiando as que têm mais destaque social. Nessa história Jesus nos ensina com lidar com as pessoas na igreja.


I- MANTENHA O FOCO NAS PESSOAS.



a) “Passadas essas coisas” (Lc. 5:27): Esse trecho faz referência a uma outra situação vivida por Jesus, um pouco antes. O verso 26 diz: “davam glória a Deus e, possuídos de temor, diziam: Hoje vimos prodígios”. As pessoas se referiam a um milagre feito por Jesus. E ele, abriu mão dessa glória humana, deixou-a para trás; com o objetivo de olhar para um Homem, Mateus, Publicano, escória da sociedade da época.

b) Deus com toda Sua glória e majestade nos vê e atenta para nós, com o intuito de nos ajudar e mudar nossa vida.

c) Mateus e Levi: Brennan Manning comenta sobre essa duplicidade de nomes: “... É interessante notar que quando os evangelistas Marcos, Lucas e João mencionam os apóstolos, eles chamam o autor do primeiro evangelho de Levi ou de Mateus. Mas em seu próprio Evangelho ele sempre refere-se a si mesmo como ‘Mateus, o publicano’, sem querer jamais esquecer quem foi e sempre tentando lembrar quão baixo Jesus desceu para recolhê-lo” (MANNING 2005:143).







II- CHAMANDO PARA UMA NOVA VIDA



a) Segue-me!: Mateus era um homem que aparentemente havia se encontrado na vida, pois, tinha um bom emprego, uma casa que acomodava muitas pessoas. Mas, ele estava sem rumo, sem razão de viver. Jesus o chamou para uma vida com propósitos mais elevados.

b) Todos podem se arrepender: Essa história confirma uma verdade Bíblica – Todos podem mudar, se deixar Cristo assumir o controle todos podem ser diferente. Mateus era considerado um ladrão, por explorar o povo, mas houve solução para sua vida.

c) Oferecendo algo a Jesus: Mateus por ser rico ofereceu um banquete. Mas, todos podem oferecer algo como forma de gratidão ao Senhor, e uma boa maneira, é convidar as demais pessoas, que assim como nós são pecadoras, a terem um encontro com o Mestre. Foi o que Mateus fez, a Bíblia diz: “...estes eram em grande número e também o seguiam” (Marcos 2:15), “Muitos publicanos e pecadores vieram e tomaram lugares com Jesus e seus discípulos” (Mateus 9:10).



III- UM MINISTÉRIO GUIADO POR DEUS.


a) Por que comeis e bebeis com os publicanos e pecadores? Os fariseus com essa pergunta demonstraram interesse em dominar o ministério de Jesus, desejaram dizer o que ele deveria ou não fazer. Mas, Cristo como tinha claramente ordens daquele que o enviou, não cedeu.

b) Hoje, não é diferente, mesmo não se preocupando com a igreja, o mundo quer ditar qual é o papel dela na terra, mas não podemos ceder. Temos uma missão dada pelo Senhor Jesus e temos que cumpri-la cabalmente (Mateus 28:18-20).

c) Devemos levar em conta o que Jesus disse aos Fariseus em Mateus 9:13: “Ide, porém, e aprendei o que significa: Misericórdia quero e não holocaustos”.

d) A igreja é lugar de doentes e de cura (vs.31 e 32): Quantas vezes expulsamos da igreja, mesmo que indiretamente, pessoas que estão doentes e procurando por cura? Se elas não encontrarem cura na igreja (em Cristo) não encontrarão em nenhum outro lugar (pessoa). Reconheço que a igreja (termo repetido para a devida ênfase) é um lugar complicado, isso se dar por que nela temos muitas pessoas doentes e outras ainda em tratamento, todavia, a cura encontra se nela.







CONCIDERAÇÕES FINAIS


No livro O Hobbit de J. R. R. Tolkien há um momento onde o Hobbit e seus companheiros de viagem são advertidos: “Direto pela floresta é o seu caminho agora. Não saiam da trilha! Se fizerem isso, têm uma chance em mil de encontrá-la de novo e de sair da Floresta das Travas” (TOLKIEN 2005:135).

Deus nos faz essa mesma advertência. Quantas vezes, por nos sentirmos doentes e pecadores demais, achamos que a única solução para o problema é abandonar a igreja, mas nos a Palavra nos diz: “Os são não precisam de médicos, e sim os doentes”, assim, você está no lugar certo, apenas – Não saia da Trilha!





REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS



MANNING, Brennan. O Evangelho Maltrapilho. São Paulo: Editora Textos, 2005.

TOLKIEN, J. R. R. O Hobbit. São Paulo: Editora WMF Martins Fontes, 2009.

domingo, 6 de setembro de 2009

A ÚLTIMA CEIA

Texto: Marcos 14:12-26.

INTRODUÇÃO

Leonardo da Vinci, italiano, um pintor versátil, dedicou três anos de sua vida (1495-1497) a sua famosa obra: a última ceia. Essa especial atenção nos serve de modelo, para o tipo de valor que nós devemos dar a esse relato bíblico. A Wikipedia faz a seguinte menção a essa obra de arte: “Ao contrário de muitas pinturas valiosas, nunca foi possuída particularmente porque não pode ser removida do seu local de origem, já que esta pintada sobre a parede do refeitorio do convento”. Tal declaração também serve para ilustrar o valor dessa passagem bíblica, em que todos podem participar, mas ninguém pode se aposar ou se apropriar indevidamente. Hoje em dia muitos cristãos tem participado da Ceia de forma mecânica, para isso retomaremos o texto onde tudo começou, afim de encontramos um direcionamento de como devemos participar da Santa Ceia do Senhor:


I- Necessidade de uma preparação: Marcos 14:12-16.

a) Um lugar (v.14 e 15): Um certo homem, que não sabemos quem foi, forneceu um lugar para Jesus realizar sua última ceia com os apóstolos.
b) Nossa vida: hoje Jesus pergunta a você: Onde é o meu aposento? Que tipo de vida temos oferecido a Jesus? Como está sua vida hoje, arrumada?
c) Necessidade de humildade: Diz-nos Dr. Champlin: “O homem que haveriam de encontrar, transportando água, seria notado imediatamente, porque esse era trabalho feito normalmente pelas mulheres” (CAMPLIN 2005:779).
d) “um lugar mobilado e pronto” (v.15): Aquele home não ofereceu uma vida bagunçada, mas arrumada, assim, devemos na ceia, oferecer um coração pronto, disposto a servir ao Senhor.
e) “Fazei os preparativos” (15): Precisamos nos preparar para esse momento, nos arrependendo, desejando mudança, querendo ser diferente.


II- Um alerta: A Participação de Judas na ceia: (Lucas 22:21-23).

a) A presença de Judas: Mesmo não entendo o sentido espiritual daquele momento, mas só o religioso-histórico, Judas estava presente à mesa, comeu o pão, bebeu o vinho, mas não estava interessado em Cristo. Lucas disse: “A mão do traidor está comigo à mesa” (Lucas 22:21).
b) Hoje muitas pessoas participam da ceia, sem entenderem o que representa esse momento, participam por participar, e são por isso, assim como Judas. Paulo nos exortou: “Por isso, aquele que comer o pão ou beber o cálice do Senhor, indignamente, será réu do corpo e do sangue do Senhor” (1 Co 11:27).
c) Talvez ao lerem essa passagem vocês devam estar se perguntando, com uma tristeza no coração o mesmo que os apóstolos: porventura sou eu senhor, que estou tomando a ceia indignamente? (Mateus 26:22), mas, essa é uma boa atitude, uma ação de um discípulo que deseja fazer o melhor para o seu mestre.
d) Respeitar esse momento é respeitar o que Jesus fez na Cruz. É valorizar a entrega de Cristo. Não valorizar esse momento é sair daqui rumo à condenação, como fez Judas, vendeu a Cristo por 30 moedas de pratas, estamos vendendo-o por muito menos.
e) “O quarto evangelho (ver João 13:26-27) diz que Jesus entregou a Judas um pedaço de pão que fora mergulhado no molho, dando sinal de quem era o traídos; mas isso não foi entendido pelos outros. Mas pelo menos é certo que o próprio Judas percebeu que fora identificado, e que Jesus estava perfeitamente cônscio do eu ele já fizera e ainda estava preste a fazer” (CHAMPLIN 2005:780). Assim, também, cada um deve examinar a si mesmo (1 Coríntios 11:28). Eu não sei a atitude de seu coração, mas Deus o sabe.

III- A ceia é onde Cristo se oferece para mudar nossas vidas.

a) As palavras de Cristo foram: “tomai”, ou seja, pegai, recebam. Lucas se expressou da seguinte forma: “...Isto é o meu corpo oferecido por vós” (Lucas 22:20).
b) Paulo disse: Eu recebi do Senhor, nós também precisamos receber do Senhor.
c) Receber o corpo e o sangue é receber a vida: não apenas corpo, ou apenas sangue, mas um Senhor completo se entregou por nós.
d) Já ouvi falar de servos que se entregaram por seus senhores, mas, nunca de senhores que se entregaram por seus servos. Aqui está um!


IV- Preparados para os desafios: Marcos 14: 26.

a) A santa ceia foi finalizada com um hino: o sentimento que deve tomar conta de nós após participarmos da ceia é a gratidão, pois, temos privilégio de participamos de um momento tão grandioso como esse.
b) Momento de comunhão: Paulo disse algumas coisas sobre a irmandade na Ceia: “esperai uns pelos outros”, “Eu recebi o que vos entreguei” Jesus também nos mostra isso ao dizer: Oferecido por vós. Em favor de vós. Assim, a ceia é um momento coletivo e não individual. Antes de oferecermos qualquer coisa a nossos irmãos precisamos receber do Senhor.
c) Saíram para o monte das oliveira: O monte das oliveiras foi o lugar onde os romanos prenderam a Jesus e os apóstolos foram dispersos. Assim, também, a ceia do Senhor é o momento de nos prepararmos para os desafios da vida que encontraremos lá fora. Por que tantas pessoas sucumbem na batalha, será que estão dando valor a Ceia do Senhor?


CONSIDERAÇÕES FINAIS

Se Da Vinci deu especial atenção a pintura da última ceia, nós devemos dar muito mais valor a Ceia de fato e real, pois se aquela está fixa em uma parede, a real está viva em cada um de nós.


Referência Bibliográfica


CHAMPLIN, R. N. O novo testamento interpretado - versículo por versículo. Vol. 1. São Paulo: Editora Hagnos: 2005.

http://pt.wikipedia.org/wiki/A_%C3%9Altima_Ceia_(Leonardo_da_Vinci), acessado em: 06/09/09.

domingo, 23 de agosto de 2009

O ESPÍRITO SANTO É INSUBSTITUÍVEL


Texto: Gálatas 5:16-26


INTRODUÇÃO


Nós temos a tendência de substituirmos o Espírito Santo de Deus e sua ação na igreja por muitas outras coisas, como: nossas tradições, por nosso espiritualismo, por nosso intelectualismo, por nossa sabedoria, por nossos investimentos financeiros, entre outras coisas. O Pr. Jim Cymbala sobre essa postura comenta: “Parte do nosso problema é termos criado uma indústria religiosa cujo maquinário funciona muito bem sem o Espírito Santo” (CYMBALA 2001:130). Mas, podemos até criar uma indústria religiosa sem o Espírito Santo, todavia, Sua presença e ação são essenciais para aqueles que desejam ter uma vida autêntica com Deus. Por isso, devemos valorizar o Espírito Santo em nossa caminhada cristã.


I- Andar no Espírito: Aspectos práticos da vida (Gálatas 5:16 e 25).
a) É viver uma vida de irmandade (Gl 5:15).
b) É vencer as batalhas contra a ação do mal (Gl 5:16).
c) É tê-lo habitando em nós (João 14:16 e 17).
d) É ser um templo levantado por e para Deus (1 Co 6:19).
e) É o resultado de se viver no Espírito (Gl 5:25).

II- Ser guiado pelo Espírito: Aspectos ministeriais (Gálatas 5:18).
a) É ser desviado das obras da carne: (Gl 5:19-21).
b) É ser direcionado para os frutos do Espírito (Gl 5:22-23).
c) É ser Crucificado com Cristo (Gl 5:24).
d) Cristo é quem vive nele (Gl 2:20).
e) É não confiar em nossas prerrogativas humanas.
f) É ser ajudado pelo Espírito Santo em nossas fraquezas (Rm 8:26).

III- Viver no Espírito: Aspectos relacionais (Gálatas 5: 25).
a) É buscar se encher do Espírito santo (Ef 5:18).
b) É orar em todo o tempo no Espírito (Ef 6:18).
c) É saber que somos filhos de Deus (Rm 8:14).
d) É se inclinar para as coisas espirituais (Rm 8:5).
e) É alegrar o Espírito de Deus (Ef 4:30).
f) É pensar nas coisas do alto (Cl 3:1-3).
g) É não se deixar possuir de vanglória (Gl 5:26).


CONSIDERAÇÕES FINAIS

Para os que desejam ser um Cristão autêntico, o Espírito Santo, é insubstituível, precisamos dele para tudo e em tudo. Não existe cristão sem o Espírito, não existe vida com Deus, salvação, alegria, fé, louvor, igreja etc. Por isso, devemos valorizá-lo em nossa caminhada cristã e reconhecer que ele é insubstituível!


REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

CYMBALA, Jim. Poder renovado: experimentando os recursos inesgotáveis do Espírito Santo. São Paulo: editora vida, 2001.

domingo, 9 de agosto de 2009

O HOMEM RICO

Texto: Lucas 16:19-31.

INTRODUÇÃO



Há uma música evangélica (uma moda de viola) que narra a estória de um fazendeiro que sonhou com a morte do homem mais rico do povoado; ele por ser o tal, ficou desesperado, até que soube que seu vaqueiro havia morrido. A música conclui que o vaqueiro era o homem mais rico do povoado, pois tinha Jesus como salvador. Encontramos uma mensagem semelhante nesta narração, feita por Jesus, nela podemos aprender como ser uma pessoa de real valor.






I- O maior tesouro que temos é um bom nome: (v. 20).
a) A Bíblia não nos diz qual era o nome desse rico, pois, sua identidade maior era o dinheiro, suas posses e ele se confundiam entre si.
b) Lázaro era pobre e moribundo, mas tinha um nome, uma identidade.
c) Salomão nos instruiu: “A memória do justo é abençoada, mas o nome dos perversos cai em podridão” (Pv 10:7).
d) O filho de Davi continua: “Mais vale o bom nome do que as muitas riquezas; e o ser estimado é melhor do que a prata e o ouro” (Pv 22:1).
e) Assim, precisamos nos valorizar mais como pessoas do que como possuidores de bens.



II- Destinos comuns: (v. 22).
a) A Bíblia nos diz que Lázaro morreu, provavelmente devido a sua doença, hoje muitos pobres morrem por falta de atendimento médico.
b) Mas, o rico também morreu, talvez tenha vivido muitos anos após a morte de Lázaro, mas ele também morreu.
c) Provérbios expressa essa idéia: “O rico e o pobre se encontram; a um e a outro faz o Senhor” (Pv 22:2).



III- Destinos diferentes: (Vs 22 e 25).
a) A morte natural teve desfecho diferente, enquanto o rico teve um lindo funeral, não sabemos o que foi feito com o corpo de Lázaro.
b) Enquanto Lázaro foi levado para o paraíso, existente antes da morte de Jesus, o rico ficou em tormento.
c) A causa do tormento do Rico não foi sua riqueza, precisamos lembrar que, Abraão também foi um homem rico.
d) O verso 25 trás apenas um ensinamento a Lázaro de que a vida que ele levou na terra, não se transfere automaticamente, para o reino espiritual. Que uma pessoa que foi pobre nesse mundo, pode não ser no outro, bem como uma rica poderá ser uma pobre na outra vida. É também verdade que uma pobre poderá continuar sendo pobre, e uma rica sendo rica.

IV- Causa da pobreza do rico.
a) Ele não conseguia ver o mundo além dos portões de sua casa (v. 20).
b) Lázaro foi deixado ali intencionalmente, talvez, pelos seus familiares, pois aquela era uma casa bonita e ele seria pelo menos alimentado, o que não aconteceu (v. 20).
c) Era soberbo, julgou que todos tinham a obrigação de lhe servir, pois mesmo naquela situação acreditou que Lázaro era inferior a ele e que esse deveria lhe servir (v. 24).
d) Acreditava que sua família por ser rica, merecia um atendimento diferente das demais pessoas da terra (v. 27).
e) Alguém que não se deixava persuadir por ninguém, sempre tinha a razão (v. 31).
f) Julgava-se digno de desprezar a Bíblia (v. 31).



CONCLUSÃO

O nome Lázaro significa: “Aquele que Deus ajuda” (GARDNER, 406:2005). Ele encontrou ajuda em Deus porque assim buscou, enquanto o Rico só buscou ajuda em si e em sua família. A Bíblia nos exorta: Buscai o Senhor enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto (Isaias 55:6).



BIBLIOGRAFIA


GARDNER, Paul. Quem é quem na Bíblia Sagrada – A história de todas as personagens da Bíblia. São Paulo: Editora Vida, 2005.

domingo, 12 de julho de 2009

É Hora de Despertar!


Pelo que diz: Desperta, ó tu que dormes, levanta-te de entre os mortos, e Cristo te iluminará (Éfeso 5:14).


O minidicionário da língua portuguesa de Silveira Bueno define despertar como: Acordar, espertar e desentorpecer. A definição espertar é muito sugestiva, pois dá-nos uma idéia do objetivo do apóstolo Paulo ao escrever essa exortação à igreja de Éfeso.
O apóstolo Paulo dedicou dois anos de seu ministério a essa cidade, lá o ele treinou muitos líderes (Atos 20:17-38), em Éfeso enfrentou muita oposição, principalmente por parte dos seguidores da deusa que ficou conhecida como Diana dos efésios (Atos 20:23-41).
O comentarista bíblico Halley descreve a importância dessa cidade para a época:

Éfeso era uma cidade portuária orgulhosa, próspera e movimentada, localizada no ponto terminal da rota das caravanas provenientes da Ásia. A partir de Éfeso, as mercadorias eram embarcadas para outros portos do Mediterrâneo. Essa cidade enorme possuía um teatro (que acomodava cerca de 25 mil pessoas; At 19.29), uma agora (“praça central” que também servia de mercado de bens e de idéias), banhos públicos, uma biblioteca e vários templos (HALLEY, 2001:639).

Dessa forma o escritor tinha muita segurança para falar com tanta franqueza aos membros daquela igreja. Por isso ele fez as seguintes EXORTAÇÕES AOS MEMBROS DA IGREJA em Éfeso:


I. Desperta, ó tu que dormes!


1. A igreja de Éfeso sempre foi uma igreja muito comprometida com o evangelho, porém, com o passar do tempo ela estava perdendo o seu vigor espiritual.
2. Retomando uma das definições atribuídas a palavra despertar: espertar. Espertar significa estar esperto, atento. Com o tempo as pessoas de éfeso ficaram desatentas com as coisas espirituais, desmotivadas para fazerem à obra de Deus.
3. Nós também corremos esse risco. Quantos de nós somos espertos, atentos a assuntos triviais, como futebol, automóveis e até mesmo coisas profanas. Mas, não conseguimos nos concentrar, ter motivação para estudar a Bíblia, ou trabalhar para o Senhor Deus.
4. Vamos ficar espertos, atentos para as coisas de Deus!




II. Levanta-te de entre os mortos!



1. Esse (mortos) é um estado mais avançado (do que sono) de afastamento das coisas do alto, nesse estágio há um retrocesso ao mundo (Efésios 2:1). E Paulo os exortou a se levantarem e retornarem aos caminhos de Deus.
2. Foi a essa igreja que havia perdido o primeiro amor (Apocalipse 2:4).
3. Às vezes algumas daquelas pessoas ainda estavam vivas, mas agindo como mortas e entre pessoas mortas, Paulo as convidou a tomarem postura de pessoas vivas espiritualmente (Efésios 2:2).
4. Um dia Deus nos deu vida, mas podemos estar nos matando, matando o nosso homem espiritual
5. De igual forma Deus nos chamou para sermos VIVOS dentre os MORTOS (Romanos 6:13) e não MORTOS entre os MORTOS. O que, então, estamos fazendo deitados como mortos e entre os mortos? Levante-mos!


III. ...E Cristo te iluminará.


1. Essa mensagem é dirigida aos Cristãos, que já nasceram de novo, pois, a seqüência aqui é diferente da que opera na regeneração. Enquanto na regeneração temos: 1° Cristo ilumina 2° A pessoa acorda e revive espiritualmente. Todavia, a seqüência descrita por Paulo nesse texto é a seguinte: 1° A pessoa acorda 2° Levanta 3° Cristo a ilumina.
2. Assim, o Apóstolo fala de algo que nós, cristãos, devemos tomar a iniciativa. Quando tomamos a iniciativa, então, Cristo nos iluminará.
3. Se orarmos, Deus nos dará mais desejo por essa prática. Se lermos a Bíblia, Cristo nos mostrará coisas profundas.
4. Assim, Levanta-te!




CONSIDERAÇÕES FINAIS

Isaias, também, deu um conselho parecido ao povo do Antigo Testamento, acredita-se até, que é a esse texto que Paulo faz referência quando escreve: “Pelo que diz...”:

Dispõe-te, resplandece, porque vem a tua luz, e a glória do Senhor nasce sobre ti. Porque eis que as trevas cobrem a terra e a escuridão, os povos; mas sobre ti aparece resplendente o Senhor, e a sua glória se vê sobre ti. (Isaias 60:1-2).


Deus te abençoe grandemente!

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS



BUENO, Francisco da Silveira. Minedicionário da língua portuguesa. Ed. Ver. E atual. Por Helena Bonito C. Pereira, Rena Signer. São Paulo: FTD: LISA, 1996.

HALLEY, Henry Hampton. Manual Bíblico de Halley. São Paulo: Editora Vida, 2001.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

domingo, 24 de maio de 2009

A Fonte de Nossas Vitórias

Quando Moisés levantava a mão, Israel prevalecia; quando, porém, ele abaixava a mão, prevalecia Amalequ. Ora, as mãos de Moisés eram pesadas; por isso, tomaram uma pedra e a puseram por baixo dele, e ele nela se assentou; Arão e Hur sustentavam-lhe as mãos, um, de um lado, e o outro, do outro; assim lhe ficaram as mãos firmes até ao pôr-do-sol (Êxodo 17:11 e 12).

Dos textos mencionados acima, podemos tirar muitos ensinamentos para nossa vida espiritual, pois a tudo o que está registrado na Bíblia Sagrada é para o nosso crescimento. Assim, quando o povo estava no deserto, logo após beberem a água que fluiu da rocha, foram atacados pelas costas por Amaleque. Moisés enfiou Josué para a batalha e ele subiu a um monte para interceder pelo exército. Nós também estamos constantemente buscando vencer na vida e essa história nos oferece um mapa para obtermos sucesso em nossas batalhas, se colocarmos os princípios nela contidos em prática.


I - Existência de uma guerra:

a) A vitória de Israel passou pelo reconhecimento de que estavam sendo atacados e pelo desejo de mudar o quadro. Por isso Moisés disse a Josué: Escolhe-nos homens, e saí, e peleja... (Ex. 17:9).
b) Não podemos apontar as armas para o alvo errado: muitas vezes estamos lutando, mas, lutando contra nós mesmos. Jesus nos ensinou que: Todo reino dividido contra si mesmo ficará deserto, e casa sobre casa cairá (Lucas 11:17). O reino de Satanás não está dividido, mas, unido entre si. E nós?
c) Precisamos apontar as armas para o alvo correto: Temos que entender que nosso maior objetivo não é competirmos entre si, mas, lutarmos juntos por projetos comuns: Salvação de vidas e edificação de todos e sobre tudo exaltar a Deus (Atos 2:44).


II - A importância das pessoas em nossas vidas (Êxodo 17:12):


a) Moisés estava com as mãos cansadas, mas, duas pessoas o ajudaram a mantê-las firmes:
a. Arão: A importância dos familiares em nossa vida.
b. Hur: Os amigos são essenciais: Estudos recentes comprovam que a amizade faz bem para a saúde e que ela age nas seguintes áreas: Longevidade, memória, combate ao câncer, problemas do coração. (Revista da Semana 30 de abril de 2009).
b) Os verdadeiros amigos nos ajudam a ficarmos firmes em Cristo, pois, Cristo é o nosso suporte: Moisés estava muito cansado por estar com as mãos elevadas e em pé, seus amigos então pegaram uma rocha e o sentaram sobre ela. A última narrativa anterior à luta com Amaleque também envolveu uma Rocha. Moisés feriu a rocha e dela saiu água que saciou a sede dos peregrinos. Paulo nos diz que a rocha era Cristo . Assim, também, nossa vitória vem de Cristo que é uma rocha e que também foi ferido por nós na Cruz. E nós precisamos estar sobre essa rocha. Ninguém pode por outro fundamento (1 Coríntios 3:10 e 11).


III - Deus a fonte de nossas vitórias:


a) Quando Moisés levantava as mãos o povo vencia: A vitória não vem de nós mesmos e Moisés, mesmo sendo um legislador, entendia que sua vitória dependia totalmente de Deus. Por isso, ele elevou suas mãos e seu coração a Deus no momento da batalha. Deus é a essência da vitória.
b) Quando Moisés abaixava as mãos prevalecia Amaleque: Podemos lutar o quanto for, utilizarmos nossas energias e estratégias, mas a vitórias certa vem do Senhor.
c) Moisés entendeu isso ao mudar o nome de Josué (O senhor é Salvação), antes era Oséias ( Salvação).
d) Neemias, também, viveu algo parecido: Ne 6.9.


Considerações Finais


Todos que conhecemos a Deus sabemos da importância Dele em nossas vidas, mas com o passar do tempo, e depois de muitas lutas, quando cansados, somos atacados pelos problemas, da mesma forma que o povo de Israel: Lembra-te do que te fez Amaleque no caminho, quando saías do Egito; como te veio ao encontro no caminho e te atacou na retaguarda todos os desfalecidos que iam após ti, quando estavas abatido e afadigado... (Deuteronômio 25:18). É nesses momentos que precisamos de amigos verdadeiros que mantenham nossas mãos estendidas a Deus, o autor aos Hebreus nos dá um bom conselho: Por isso, restabelecei as mãos descaídas... (Hebreus 12: 12).

domingo, 26 de abril de 2009

Corações no Egito

Onde está o seu coração? (At 7:39)

- Introdução: O sentido do coração na Bíblia: É o vocábulo mais completo para indicar todas as faculdades humanas, como os sentimentos (Rm 9.2), a vontade (I Co 4.5) e o intelecto (Rm 10.6). É assim apontado como o homem interior, o homem essencial, aquela porção da personalidade humana que possui os meios naturais através dos qual todo o homem deveria elevar seu conhecimento de Deus a níveis mais altos, em gratidão. Todavia, é justamente o coração que se torna obscurecido. Ele pode ser o lar do Espírito Santo, ou o mal pode habitar ali.


I- Seu coração está nos bens materiais? (Lc 12:13-21).
- No que você tem? (Lc 12:34).
- No que você quer ter?
- Usar o quem vc tem com sabedoria. (Mt. 12:35).
Nosso coração é como um baú, onde depositamos nossos “tesouros”.

“Porque a boca fala do que está cheio o coração” (12:34).
Minha experiência na praia de Vitória-ES.


II- Seu coração está no Egito? (Atos 7:39).
- No culto mas com os pensamentos no mundo (Mt 15.8).
- Nossa mente foge, mas precisamos prendê-la em Deus (2 Co 10.5).
- Às vezes, olhando paquerando.
- Olhando avon – na minha igreja.
- Por isso não conseguiam entender os milagres e a ação de Deus.


- O crente girafa – corpo na igreja, mas cabeça fora.
- Irmãos concentrem-se no culto, absorvam o máximo.


III- Seu coração está em Deus?
- Quer sentir sua presença.
- Abri mão de lucro para estar com Deus (Hb 1124-26).
- Sua mente se concentra em Deus? (Is 26.3).
- É um peso para você estar aqui? Você gostaria de estar em outro lugar nesse momento, se você pudesse? (Sl 84.10)
“Um dia nos teus átrios vale mais que mil; prefiro estar à porta a casa do meu Deus do que permanecer nas tendas da perversidade” (Sl 84.10).

CONCLUSÃO: A casa do Senhor é um lugar para sentirmos a Deus, porém precisamos estar aqui de corpo alma e espírito, não com a coração no Egito.

domingo, 12 de abril de 2009

DEUS PRECISA DE VOCÊ!

DEUS PRECISA DE VOCÊ!


Quando se aproximaram de Jerusalém e chegaram a Betfagé, ao monte das Oliveiras, enviou Jesus dois discípulos, dizendo-lhes: Ide à aldeia que aí está diante de vós e logo achareis presa uma jumenta e, com ela, um jumentinho. Desprendei-a e trazei-mos. E, se alguém vos disser alguma coisa, respondei-lhe que o Senhor precisa deles. E logo os enviará. Ora, isto aconteceu para se cumprir o que foi dito por intermédio do profeta: Dizei à filha de Sião: Eis aí te vem o teu Rei, humilde, montado em jumento, num jumentinho, cria de animal de carga. (Mateus 21:1-5).


No bairro em que cresci, havia um homem que carregava areia usando jumentos. Ele tinha vários desses animais, muitas vezes eu via aquela fila de jumentos carregando caixas pesadas, atadas em seus lombos, cheias de areia e contribuindo para a sujeira das ruas por onde passavam. Na Bíblia, temos um evento onde Jesus utilizou um jumento, ou melhor, um jumentinho, como meio de transporte. Embora, Mateus nos fale também da mãe desse bichinho, o personagem principal era o jumentinho, conforme Marcos 11:1-11; Lucas 19:28-40 e João 12:12-15. Essa história que aconteceu na última semana de Jesus, antes da crucificação, pode ilustrar o plano Dele para nossa vida (com todo respeito, pois, não quero nos comparar com os jumentos, somos a obra-prima da criação de Deus).

I- Ao meditar nessa passagem, perguntei-me – para que serve um jumentinho? Diz-nos a Bíblia que ninguém ainda havia montado esse animal, portanto, além de ser novo, parecia-me sem experiência. Hoje um dos requisitos, talvez, o mais importante, seja a experiência. Porém, Jesus nos mostra que Ele será nossa experiência, pois, após Jesus ter descido, ele já não era mais o mesmo jumentinho, era um que já tinha sido montado, e montado por Jesus. De acordo com o dicionário enciclopédico Larousse (2007:593) o jumento é em todo mundo conhecido como um animal de carga. E também, é utilizado para nomear as pessoas consideradas pouco inteligentes ou grosseiras. Porém, por mais ignorante que alguém possa ser acusado, com certeza ele não é tão quanto esse jumentinho, e se Jesus usou esse animalzinho, imagine o que ele poderá fazer através de você?

II- Deus precisa de você! Creio que ao lerem essa afirmativa, alguns poderão vociferar: Deus não precisa de ninguém! Ele é Todo Poderoso. Concordo, mas, Deus não precisa de nós para continuar no posto de Deus, não foi isso que eu falei; mas Deus precisa de nós, para expandir Seu Reino nesse mundo. Não podemos fugir dessa verdade Bíblica. Olha só o verso cinco do capítulo 21 de Mateus: O senhor precisa deles. Se Cristo afirmou precisar de um jumentinho, por que não precisaria de nós? Ele não só precisa como nos convida a trabalharmos com Ele e para Ele. Nessa passagem, vemos Cristo se utilizando três classes diferentes: a) Os apóstolos que foram buscar os jumentos (21:2) – Assim, também, Deus pode nos usar para buscar um missionário na rodoviária, por que não?! b) Os homens que emprestaram os jumentos – quantas pessoas que podem ajudar no reino de Deus com seus bens: carro, telefone, casa, dinheiro etc. c) os jumentos que foram o transporte utilizado por Cristo para entrar em Jerusalém. Ser usado por Deus não é fazer o que queremos, mas atender quando solicitados, ser um instrumento de Deus não é focalizar no que se faz, mas, se estamos no centro da vontade de Deus para nossa vida. É muito fácil ser nós mesmos, difícil é ser o que os outros querem que nós sejamos (John C. Maxwell, 2008).

III- São muitas as lições que podemos extrair dessa passagem, porém, deixo apenas mais uma – Jesus pode usar os desprezados. Como não sou um bom conhecedor sobre as particularidades do mundo animal fui pesquisar, então, deparei-me com informações importantes sobre o jumento, veja só:

O asno é dotado de passadas firmes, por quanto em tempos remotos viviam em regiões montanhosas semi-desérticas. O cavalo, porém, desenvolveu-se em planícies relvadas, pelo que seus passos seriam menos seguros. Portanto, para viagens através da região montanhosas, o jumento sempre era escolhido (CHAMPLIN, 2006).

A referência que Mateus fez a profecia de Zacarias 9:9 (Mateus 21:5), já nos explica o porquê Jesus utilizou o jumento. As pessoas, ricas tinham vergonha de utilizarem esse animal, os reis, então, utilizavam os cavalos, símbolo de força; mas Jesus nos mostrou que seu reino não é um reino de guerra e sim de paz, pois ele é o Príncipe da Paz. Todavia, conforme fomos informados por Champlin, os jumentos são mais aptos para andarem sobre regiões montanhosas. E a vida para a qual Jesus nos chama é cheias de desafios, e apenas os humildes terão disposição e hombridade suficiente para continuarem a caminhada.
Não é de hoje que tenho ouvido frases do tipo: Puxa vida, tal pessoa é cheia de talentos, mas não se firma na fé. Queridos, é uma benção ter pessoas com talentos na obra de Deus e há muitas, glória a Deus. Mas, talento não é o pré-requisito mais importante, e, sim a humildade e a obediência. Não importa se os outros te desprezam, falando que determinada pessoa tem mais capacidade do que você lembre-se, Jesus não pediu um cavalo, só um jumento.

CONCIDERAÇÕES FINAIS

Jesus nos chama e ele precisa de você para ajudar na obra dele, ele não está olhando para sua capacidade, formosura, mas, para a sua disposição e amor. Sejamos um jumentinho.



REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA


CHAMPLIM, R. N. Enciclopédia de Bíblia: Teologia e Filosofia. São Paulo: Hagnos, 2006.

Dicionário Enciclopédico Ilustrado Larousse. São Paulo: Editora Larousse,2007.

MAXWELL, John C. O livro de ouro da liderança. Rio de Janeiro: Thomas Nelson Brasil, 2008.

sexta-feira, 20 de março de 2009

MINISTÉRIO DA PALAVRA
Compromisso com a excelência

praniltonoliveira@gmail.com



O Pr. Anilton Oliveira é idealizador do ministério de pregação- Ministério da palavra, que tem como metas:


Missão: Pregar a Palavra de Deus em igrejas de diferentes denominações e oferecer livros que levem os crentes a crescerem espiritualmente, resultando em pessoas maduras e consequentemente em igrejas maduras.

Visão: Proclamar a glória de Deus por meio da pregação e de literatura cristã, levando edificação e mobilização à igreja de Cristo na terra.