quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

MUITO OBRIGADO MEU DEUS!

Textos: Jonas 4:1-11 e 1 Samuel 2:1-10

 INTRODUÇÃO

 É fácil de perceber que muitas pessoas têm uma visão negativa da vida e de Deus, reclamando de tudo e de todos, sempre encontram algo negativo sobre qualquer coisa. Há também, não sei se em maior ou menor número, aquelas pessoas que são contentes com o que têm e buscam um lado positivo da vida. Nessa mensagem veremos sobre esses dois tipos de pessoas e o que a Bíblia diz sobre cada uma delas.

I- PESSOAS MURMURADORAS? (Jonas 4:1-11).

Murmurar: Dizer em voz baixa; emitir som leve; int. Produzir murmúrio ou sussurro; dizer mal de alguém (Silveira Bueno).


a) A murmuração culpa a Deus pela situação (Jn 4:1-2).
b) A murmuração é egoísta (Jn 4:9-11).
c) A murmuração leva à angústia e desejo de morte (Jn 4:3 e 8).
d) A murmuração impede que cresçamos espiritualmente (Nm 11:1-9).
e) A murmuração valoriza o material a mais do que o ser humano (Jn 4:10).
f) A murmuração no Novo Testamento: fazei todas as coisas sem murmurações nem contendas (Fl 2:14).

II- PESSOAS CHEIAS DE GRATIDÃO (1 Samuel 2:1-10).

Gratidão: Reconhecimento; agradecimento (Ibidem).
a) Uma história de murmuração e gratidão: Uma vez, viajei em companhia de uma pessoa atéia, essa pessoa estava reclamando que se Deus existisse, Ele equilibraria mais o período de chuva e sol para que em sua casa (uma chácara) não tivesse tanta lama, no período de chuva e poeira nos de sol. Essa é uma visão egoísta da vida.
b) A gratidão enche o coração de alegria (1 Sm 2:1).
c) A gratidão reconhece o poder de Deus (1 Sm 2:1b).
d) A gratidão nos faz crescer na vida (1 Sm 5-8).
e) A gratidão no Novo Testamento: E tudo o que fizerdes por palavras ou por obras, fazei-o em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai (Cl 3:17).
f) A gratidão nos dá força para viver, veja os exemplos Bíblicos: 1. José filho de Jacó (Gênesis 40), 2. Daniel na cova os leões (Daniel 6), 3. Paulo e Silas na prisão (Atos 16).

CONCLUSÃO

Deus nos tem feito tantas coisas boas, por que às vezes só conseguimos ver coisas ruins? Por que reclamamos tanto? Vamos parar agora e agradecer a Deus por todas as bênçãos recebidas!





sábado, 19 de junho de 2010

Heróis Desconhecidos - Aprendendo sobre o alcance da oração


Pedro, pois, estava guardado no cárcere; mas havia oração incessante a Deus por parte da igreja a favor dele (Atos 12:5).

No cristianismo já tivemos, e ainda temos grandes pastores e pregadores, pessoas de Deus que influenciam toda uma geração e levam milhões de pessoa a Cristo. Porém, há em maior número, pessoas desconhecidas das massas que mantém o ministério de tais homens e a vida de muitas igrejas. São pessoas anônimas que sustentam a igreja em oração.
Assim, veremos, tendo como base o capítulo 12 de Atos dos Apóstolos, O ALCANCE DA ORAÇÃO

      I.        A ORAÇÃO ALCANÇA AQUELES PELOS QUAIS ORAMOS (Atos 12:1-11).

Geralmente as pessoas pelas quais oramos, não sabem, ou não percebem que os livramentos recebidos foram motivados pela ação de Deus por meio de nossas orações.

a)    O texto que lemos descreve a morte do apóstolo Tiago e a prisão de Pedro, que esperava ter o mesmo fim do amigo. Algo tornava essa situação diferente: Mas, havia oração incessante a Deus por parte da igreja a favor dele (v.5).
b)    A situação dele era impossível aos homens: dormia entre dois soldados, acorrentado com duas cadeias e sentinelas à porta guardava o cárcere (v.6).
c)    Sabemos que Pedro foi um grande homem de Deus, porém, sua situação de preso, nos serve para ilustrar a vida de muitas pessoas pelas quais oramos e estão perto de terem um fim trágico.
d)    Mas, quando Deus age ele muda a situação, veja o verso 7 e 8, o que Deus fez, por meio de um anjo, a Pedro: ...as cadeias caíram-lhe das mãos, o senhor o cingiu, calçou seus pés, vestiu-lhe uma capa e Pedro o seguiu.
e)    Muitas vezes, as pessoas não percebem, assim com Pedro não percebeu na hora, que Deus está lhes livrando, lhes guardando, precisam cair em si, como Pedro: ...Caindo em si, disse: agora, sei, verdadeiramente, que o senhor enviou seu anjo e me livrou... (v.11).
f)     Por fim, após perceber a situação e ter caído em si, ele foi até a congregação. Eu creio que Deus fará isso na vida de muitos pelos quais oramos.


    II.        A ORAÇÃO ALCANÇA AQUELES QUE ORAM (v. 12-17).

Quando oramos com a alma por alguém, ainda que não percebamos, ou não estejamos sentindo, Deus está agindo. De igual forma, nossas vidas são abençoadas, mesmo quando oramos por outra pessoa.

a)    Não existe acepção de pessoas para as repostas de oração. A primeira pessoa a perceber que Deus havia atendido o clamor foi uma criada, chamada Rode (v.13).
b)    O Deus que nos surpreende: A igreja havia orado muito por Pedro, mas não estava deixando Pedro entrar na casa (v.16). De igual forma, em alguns momentos, oramos por pessoas, mas quando elas dão um sinal de mudança nós não acreditamos nelas.
c)    O interessante é que as pessoas oraram por Pedro, apenas para ele ser liberto; porém, Pedro veio ao encontro delas. Elas foram atingidas diretamente por suas orações. Assim, também quando oramos por algo ou alguém devemos nos preparar a receber e agir.
d)    O dever de testemunhar: após verem conversar com a congregação, Pedro pediu que os irmãos relatassem o ocorrido aos demais irmãos, que não estavam ali orando, mas que faziam parte da fé (v.17). Precisamos testemunhar as bênçãos alcançadas para que tenhamos força para continuarmos orando por outros desafios.


   III.        A ORAÇÃO ATINGE AS PORTAS DO INFERNO (v. 20-25).

a)    Herodes estava sendo um grande desafio para a igreja, não apenas havia matado a Tiago e tentado matar a Pedro, ele se julgava um Deus.
b)    Por estando usando uma roupa brilhante e falar em um local de grande eco. As pessoas o louvaram como um Deus, ele gostou do louvor e assim, adoeceu e morreu naquele mesmo lugar.
c)    A doença de Herodes: ele após não render a devida glória a Deus, morreu comido de bichos. Todos que se levantam contra o Reino de Deus caem.
d)    Após a morte de Herodes, a Bíblia diz: entretanto, a palavra do Senhor crescia e se multiplicava (v.24). Todo esse desenrolar foi conseqüência das orações da igreja.
e)    Não é a toa que a primeira viagem missionária aconteceu após esse evento (Atos 13). Ela também foi conseqüência dessa oração, o evangelho se espalhou por todo o mundo e aqui estamos nós hoje.



Considerações finais

Nós não temos a dimensão exata do alcance de nossas orações dirigidas a Deus, mas, possamos ter uma certeza, ela vai muito além do que imaginamos e sentimos, podemos estar em um lugar físico, reunidos, mas a oração não está presa entre quatro paredes. Em Daniel 10:10-14, temos a descrição da oração desse profeta, ele havia orado e Deus já estava agindo, porém, ele ainda não havia percebido tal ação. De igual forma, não devemos nos esquecer que a igreja caminha por meio da oração de muitos irmãos que, muitas vezes, não aparecem em público, são heróis desconhecidos que trabalham nos bastidores e mas, são essenciais a obra de Deus.

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

LIVRE PARA SERVIR A DEUS


Texto: Lucas 8:22:40.


INTRODUÇÃO



Não posso dizer que o trecho da cura do endemoninhado geraseno seja minha passagem bíblica favorita. Essa não é uma história agradável de ler, quando se pensa no que os demônios faziam com aquele homem. Porém, toda a Escritura é útil para o nosso aprendizado e crescimento espiritual (2 Timóteo 3:16). Nesse texto há uma série de ensinamentos que podemos extrair, para uma compreensão mais clara do mundo espiritual. Algo que minimiza o peso dessa história é o resultado da ação de Jesus, que libertou esse homem das garras do Diabo.

Ensinamentos para uma compreensão mais clara do mundo espiritual.



I- OPOSIÇÃO: QUANDO NOS PROPOMOS A SERVIR A DEUS ENFRENTAREMOS OPOSIÇÕES (LUCAS 8:22-25).

a) O Senhor Jesus estava com uma popularidade muito alta, devido a seu ministério de curas. Mas, ele, então, chama os seus discípulos para irem ao outro lado da margem do lago (v. 22).

b) Subitamente, veio uma tempestade de ventos no lago e todos os discípulos temeram (v. 23).

c) O Diabo já sabia era o objetivo de Jesus naquela cidade, libertar o geraseno, então, ele não poderia deixar que isso acontecesse sem lutar.

d) O mesmo acontece conosco, quando nos propomos a ler mais a Bíblia, freqüentar mais os cultos, evangelizar, etc; Ventos sopram, o mar se agita, mas nós devemos repreender esse vento e continuar firmes em nossos propósitos (2 Pedro 5:8-10).

e) Por isso, é importante orarmos pelos cultos, para que ventos sejam acalmados na vida daqueles que planejam visitar a igreja. Orarmos também pelos membros, para que os mesmos tenham os ventos acalmados e possam vir aos cultos de oração.



II- ESCRAVIDÃO E LIBERTAÇÃO

a) Após vencer a tempestade Jesus se encontrou com o homem. Esse homem estava em um estado de possessão demoníaca, ou seja, ele não tinha controle de suas ações. Os evangelhos sinópticos descrevem detalhes da vida que esse homem tinha: Mateus 28:8-33: Saído dos sepulcros, furioso, ninguém podia passar por aquele lugar; Marcos 5:1-14: Clamando por entre os sepulcros e pelos montes, ferindo-se com pedras e Lucas 8:26-39: Não se vestia, não habitava em casas, quebrava cadeias, impelido para o deserto, vivia nos sepulcros.



b) Uma legião do mau: o demônio afirmou ser Legião (v. 30), sobre essa autodenominação o Dr. Champlin nos esclarece: “A resposta legião, mostra que esse homem já perdera a sua identidade pessoal: considerava-se uma entidade múltipla. Legião é a palavra latina para uma divisão do exército constante de cerca de seis mil homens; mas essa palavra passou a fazer parte do vocabulário aramaico, assumindo o sentido de grande número, sem limites específicos. De acordo com o diagnóstico popular da época, a severidade da aflição era proporcional ao número de demônios que a causavam” [...]. (CHAMPLIN, 2005:85). Mesmo que não possamos afirmar que havia 6000 demônios naquele homem, podemos ter uma noção pelo número de porcos que morreram, cerca de 2000.



c) Não devemos pensar que o Diabo só controla as pessoas por meio da possessão, pelo contrário, essa talvez seja o meio mais raro de controle. Aqui temos o exemplo das pessoas da cidade, que após a narração dos porqueiros, vieram até Jesus, viram o homem, curado: De fato acharam o homem de quem saíram os demônios, vestido, em perfeito juízo, assentado aos pés de Jesus [...] (v. 35).



d) Mesmo tendo constatado tal milagre, expulsaram Jesus de sua cidade e conseqüentemente de suas vidas: “Rogou-lhe que se retirasse deles [...]” (v. 37). Ainda, hoje, muitas pessoas não estão possessas por espíritos malignos, mas sob sua influência ideológica e expulsam Jesus, trocando-o pelo materialismo. Esses gesarenos continuaram escravos, enquanto o endemoninhado havia sido liberto.





III- LIVRE PARA SERVIR (VS. 38-40).

a) Aquele homem demonstrou uma gratidão muito grande por Jesus, a ponto de querer segui-lo por qualquer lugar. Mas, o Senhor o enviou a sua casa (à casa do endemoninhado), para que ele contasse tudo o que Deus fez por ti (v. 39). Muitas vezes, achamos difícil evangelizar, mas o que temos que fazer é contar tudo o que Deus tem feito por nós, essa é a maior mensagem que temos a pregar.

b) Ele foi e anunciou em toda sua cidade e região o que Jesus lhe tinha feito. Essa passagem deve mudar também, a maneira em que vemos as pessoas, nunca devemos nos esquecer que Jesus pode mudar a vida delas, não importa quantos demônios haja em suas vidas, ou o nível de influência, Cristo pode libertar a todas.

c) Quando Jesus voltou para o outro lado do barco, havia uma mutilado o esperando com alegria, diferentemente dos de Gadara: Ao regressar Jesus, a multidão o recebeu com alegria, porque todos o estavam esperando (v. 40).

d) Oro para que você não esteja do lado dos gerasenos, mas sim, das pessoas que recebem a Jesus com alegria.





CONCLUSÃO



Precisamos trabalhar para o Senhor, mas temos que saber que ao tomar essa decisão, ventos se levantarão para nos fazer parar, precisamos repreender esses ventos e continuar rumo a nosso propósito, sabendo que encontraremos pessoas que estão se autodestruindo e precisam de nossa ajuda. E que Todas poderão ser livres para servir a Jesus.




BIBLIOGRAFIA



CHAMPLIN, R. N. O Novo Testamento Interpretado - versículo por versículo. Vol. 2. São Paulo: Editora Hagnos: 2005.

domingo, 8 de novembro de 2009

SUA HORA CHEGARÁ - Aprendendo a esperar em Deus


Texto: João 5:1-18.


Esperar em Deus é ficar na expectativa de que a qualquer momento ele agirá!



INTRODUÇÃO



Quem não está esperando que algo de especial aconteça em sua vida? Poderá ser o emprego dos sonhos, a saúde, conversão de familiares, a compra de um bem de valor, entre outras coisas. Daí, olhamos para vida de alguém e vemos que tudo que pedimos para nós está acontecendo com outras pessoas, então nos perguntamos: Quando acontecerá comigo, Senhor? No texto Bíblico temos a história de um homem que esperou muito tempo para que Deus agisse em sua vida, ele também enfrentou a expectativa, a dor da espera, mas Deus agiu em sua vida. Deus agirá em sua vida, sua hora chegará. Nessa mensagem vamos aprender como esperar o tempo de Deus?



I- ESPERAR O TEMPO DE DEUS EM DEUS (v 2-4).

a) Esse homem sofria a trinta e oito anos, ele poderia estar em casa, mas estava à porta das ovelhas, esperando que o seu Pastor, Deus (Salmo 23) tivesse misericórdia dele, Betesda significa casa de misericórdia.

b) Há pessoas que quando estão com problemas se afastam das ovelhas e da casa de misericórdia, ou seja, qualquer problema não participam da igreja, mas diante dos problemas a igreja poderá ser útil para sua cura espiritual e contato com Deus.

c) Às vezes nos sentimos os mais infelizes do mundo, mas sempre há e haverá alguém com mais problemas do que nós. Como forma de acalmar a ansiedade da igreja Pedro explicou: “...Certos de que sofrimentos iguais aos vossos estão-se cumprindo na vossa irmandade espalhada pelo mundo [...] depois de terdes sofrido por um pouco, ele mesmo vos há de aperfeiçoar, firmar, fortificar e fundamentar” (1 Pedro 5:9 e 10).

d) Para que a vontade de Deus se cumpra em nossas vidas precisamos esperar em Deus, continuar firmes na fé. Aquele homem, mesmo sabendo como seria difícil chegar antes ao poço, estava ali.





II- ESPERAR O TEMPO DE DEUS É MANTER A ESPERANÇA.

a) Não se sinta só: “Senhor, não tenho ninguém que me ponha no tanque...” (v. 7). Constantemente achamos que ninguém liga ou gosta de nós, e por isso abandonamos o trabalho, a igreja, amigos etc. Jesus te ama, cuida de você, ele é o teu ajudador.

b) “...Pois, enquanto eu vou, desce outro antes de mim”: Não se entristeça com o sucesso dos outros. Fico imaginando a tristeza daquele homem quando outra pessoa saía curada da água, ou quando via a água se agitar e não conseguia pular. O que Deus tem para você, será entregue a você e não a outro, apenas fique próximo do POÇO DA VIDA.

c) “O primeiro que entrava no tanque” Nem todos têm as mesmas oportunidades na vida, mas todos podem ter o mesmo Deus. Há momentos que pessoas são julgadas por serem fracas, enquanto outras conquistam algo e elas não, como se dependessem delas, mas nem sempre, às vezes a pessoa quer pular, mas vem outra antes dela. Nessa história, provavelmente, as pessoas com doenças menos grave pulavam antes. Como um cego pularia? Como um paralítico pularia primeiro? Você deve pular, mas reconhecer que é a misericórdia de Deus e não por uma superioridade intrínseca.



III- ESPERAR O TEMPO DE DEUS É TOMAR POSIÇÃO NO MOMENTO CERTO (V. 8-18).

a) Permaneça na graça: Jesus o encontrou novamente, o antigo enfermo estava no templo, havia muitas coisas que a décadas ele não fazia, mas, escolheu continuar na presença de Deus (v. 14).

b) Há pessoas que esperam muito em Deus, orando, freqüentando aos cultos, mas quando Deus abençoa, saem pela porta das ovelhas e procuram o aprisco do mundo (2 Timóteo 4:10).

c) Mantenha uma vida santa: Esse homem chegou a tal estado devido a conseqüência de algum pecado, agora ele estava curado, deveria, não voltar para os velhos hábitos. Certas situações da vida são criados pelo próprio ser humano.

d) A nossa vida deve ser para glorificar a Deus: Nessa passagem Jesus fez uma revelação de sua divindade que até os próprios judeus perceberam: “...dizia que Deus era seu próprio Pai, fazendo-se igual a Deus” (v. 18).



CONCLUSÃO



Não importa há quanto tempo você está esperando as coisas em sua vida tomarem outro rumo, permaneça próximo ao POÇO que é Deus e na Casa de Misericórdia que é a igreja. No momento certo Deus agitará as águas e te jogará nelas. Apenas espere em Deus!

domingo, 25 de outubro de 2009

O Cristo Glorioso

Texto: Isaias 9:6.

Introdução

Nos capítulos 6 e 7 do livro de Atos dos Apóstolos temos a descrição da história de Estevão, que foi um dos primeiros diáconos da igreja cristã. Ele, após um debate com o Sinédrio, teve uma visão Gloriosa do Jesus Exaltado: “...Fitou os olhos no Céu e viu a glória de Deus e Jesus, que estava a sua direita” (Atos 7:55). Essa visão liga-se, pela glória de Cristo, aos títulos dados a Jesus em Isaias capítulo 9:6 que demonstram a Grandeza de Cristo.

I- Maravilhoso Conselheiro
a) Só Ele pode dar o real sentido a nossas vidas (João 14:12; Filipenses 1:21).
b) Cristo é uma necessidade e não uma opção para os que o ama (João 6:68-69).
c) Sempre presente em nossas vidas (Mateus 28:20).
d) “Não existem problemas, nos céus ou na terra, que Ele não possa resolver” (CHAMPLIN, 2001:2819)

II- Deus forte
a) Além da Cruz: Quando falamos de Cristo, talvez, uma primeira imagem que nos vem à mente seja a Cruz, porém, a cruz foi apenas um momento na vida de Cristo e ela não resume seu ser por inteiro.
b) Uma demonstração de amor: O Senhor Jesus demonstrou um grande amor ao aceitar morrer na Cruz; Mas, ele foi exaltado depois de tamanha humilhação (Filipenses 2:8).
c) Cristo é a imagem do Pai, nele tudo subsiste e todo o poder foi dado a ele (Mateus 28:18; Colossenses 1:15-19).
d) Ele é poderoso para nos ajudar, não temos um Deus fraco, mas um Deus forte (Filipenses 4:13).


III- Pai da Eternidade
a) Cristo é o Alfa e o Ômega (A e Z) (Apocalípse 1:8; João 1:1;).
b) Ele é a Vida, portanto, a morte não pode detê-lo (João 14:12).
c) Rei de um Reino que nunca terá fim, diferentemente dos demais, como: Herodes, César, Alexandre entre muitos outros (Hebreus 1:8).
d) Ele para sempre será chamado de Senhor dos senhores e Rei dos reis (Apocalipse 17:14 e 19:16).

IV- Príncipe da Paz
a) O nascimento dele foi uma demonstração de que Deus deseja paz na terra (Lucas 2:14).
b) Ele veio para pagar nossa dívida para com ele mesmo, entregando-se a si próprio pelos nossos pecados e nos dando livre acesso a presença do Pai Celeste (Romanos 5:1; Colossenses 2:14).
c) Sua paz é inigualável, a paz de poder estar na presença do Pai (Lucas 24:36; João 14:27).

Considerações Finais

Quanto Estevão foi apedrejado, próximo de sua morte ele disse duas palavras:
“Senhor Jesus, recebe o meu espírito” e “Senhor, não lhes imputes este pecado” (Atos 7:59 e 60), essas foram duas palavras também ditas por Jesus na cruz, tal fato demonstra o quanto Estevão admirava e desejava ser imitador de Cristo; isso porque ele conhecia o Cristo Glorioso relatado em Isaias 9:6.



BIBLIOGRAFIA

CHAMPLIN, R. N. O Antigo Testamento Interpretado – versículo por versículo, Vl. 05. São Paulo: Editora Hagnos, 2001.

domingo, 11 de outubro de 2009

LIDANDO COM OS FARDOS DA VIDA


INTRODUÇÃO




Mesmo na vida cristã carregamos muitos fardos. Um fardo é algo pesado, difícil de ser carregado. Porém, muitos dos fardos que levamos, os levamos por mera iniciativa, pois, tais fardos já foram carregados por Cristo. Diz-nos a Bíblia: Para a liberdade foi que Cristo nos libertou. [...] não vos submetais, de novo, a jugo de escravidão (Gálatas 5:1). O Jugo de escravidão a que se refere o apóstolo Paulo é constituído dos dogmas legalistas que nos são impostos pela religião. Em Gálatas capítulos 5 e 6 aprendemos algo importante, no que diz respeito aos fardos que carregamos, sejam eles voluntários ou legítimos. Vejamos então como devemos lidar com os Fardos da vida.



I- Cristo levou o fardo que nós não podíamos carregar (Gálatas 5:1).



a) O fardo do pecado: A Bíblia diz que Cristo nos chamou para a liberdade, isso porque nós estávamos escravizados em nossos desejos (Efésios 2:1) e mesmo que quiséssemos não conseguiríamos nos libertar por nós mesmos.

b) O fardo da morte: “Para que por sua morte, destruísse aquele que tem o poder da morte, a saber, o diabo, e livrasse todos que, pelo pavor da morte, estavam sujeitos à escravidão por toda a vida” (Hebreus 2:14 e 15).

c) O fardo da fadiga espiritual: “Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve” (Mateus 11:30).

d) O fardo da preocupação: “Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim” (João 14:1).

e) O fardo da dor: “Estas coisas vos tenho dito para que tenhais paz em mim. No mundo, passais por aflições; mas tende bom ânimo; eu venci o mundo” (João 16:33).




II- Devemos ajudar nossos irmãos com seus fardos (Gálatas 6:1 e 2).



a) Devemos ajudar nossos irmãos em suas fraquezas, todos nós temos algo a oferecer a alguém, seja um elogio, uma exortação, uma palavra de encorajamento, tais ações devem visar o crescimento espiritual do próximo.

b) Não se ajuda alguém prejudicando a si mesmo: Enquanto ajudamos o irmão caído ou ferido, devemos cuidar para não concordemos com o erro ou sejamos levados ao mesmo tipo de engano. (Gálatas 6:2).

c) Não só devemos ajudar nossos irmãos com suas cargas, mas, também, solicitar ajuda quando necessário. A Bíblia diz para levarmos as cargas uns dos outros, e não apenas uma pessoa levar a carga de todos. Ninguém aquentará por muito tempo. Todos precisam de todos.




III- Cada pessoa deve levar sua própria carga (Gálatas 6:5).



a) Um falso paradoxo: parece que aqui temos uma grande contradição, pois começamos dizendo que Cristo levou nosso fardo, depois que deveríamos levar os fardos uns dos outros e agora que cada um deve levar seu próprio fardo.

b) Resolvendo a contradição: aqui se trata de um processo em nossa vida ou de momentos distintos. Tudo começa com Cristo, ele nos tira uma pedra das costas, nos livra do Faraó, que nos oprimia e nos leva para um mundo (a igreja espiritual) onde encontramos irmãos, fracos, imaturos e também fortes e maduros. Continuamos tendo cargas, que não se comparam com a anterior, agora temos cargas mais leves, que se não conseguimos levar é por uma fraqueza do momento.

c) Continuando a explicação: Devemos então ajudar tais pessoas com seus fardos, até que elas sejam restabelecidas e possam levar seus próprios fardos e até ajudar outros mais fracos.

nalmente: Devemos assumir a responsabilidade pela nossa vida e não transferi-la a outros (à igreja, ao pastor, aos irmãos) cada um levará seu próprio fardo.

e) Às vezes observamos irmãos que nunca conseguem ter uma maturidade espiritual.



Ilustração: De vez em quando me deparo com um objeto que não consigo carregar, então chamo alguém, para que me ajude a colocá-lo nos ombros e após essa pessoa ter me ajudado eu sigo meu caminho agradecido e a pessoa segue o dela, com seu próprio fardo, pois todos têm fardos.





CONCLUSÃO


O que Cristo fez nós não poderíamos ter feito (a salvação, a regeneração, a alegria de viver), mas, existem muitas coisas que podemos fazer por nossos irmãos e recebermos deles, também, há muitas coisas que podemos e devemos fazer por nós mesmos. Que Deus nos abençoe e nos ajude a crescermos espiritualmente.



segunda-feira, 14 de setembro de 2009

A VOCAÇÃO DE LEVI - Aprendendo a valorizar as pessoas

Texto: Lucas 5:27-32



INTRODUÇÃO



As pessoas que Jesus escolheu para compor Seu ministério, não foram o tipo de que talvez nós escolheríamos para estar ao nosso lado. Um exemplo claro dessa afirmação é o chamado de Levi, ou Mateus. Tal método de Jesus deve ser comparado com nossa forma atual de lidarmos com as pessoas, sempre privilegiando as que têm mais destaque social. Nessa história Jesus nos ensina com lidar com as pessoas na igreja.


I- MANTENHA O FOCO NAS PESSOAS.



a) “Passadas essas coisas” (Lc. 5:27): Esse trecho faz referência a uma outra situação vivida por Jesus, um pouco antes. O verso 26 diz: “davam glória a Deus e, possuídos de temor, diziam: Hoje vimos prodígios”. As pessoas se referiam a um milagre feito por Jesus. E ele, abriu mão dessa glória humana, deixou-a para trás; com o objetivo de olhar para um Homem, Mateus, Publicano, escória da sociedade da época.

b) Deus com toda Sua glória e majestade nos vê e atenta para nós, com o intuito de nos ajudar e mudar nossa vida.

c) Mateus e Levi: Brennan Manning comenta sobre essa duplicidade de nomes: “... É interessante notar que quando os evangelistas Marcos, Lucas e João mencionam os apóstolos, eles chamam o autor do primeiro evangelho de Levi ou de Mateus. Mas em seu próprio Evangelho ele sempre refere-se a si mesmo como ‘Mateus, o publicano’, sem querer jamais esquecer quem foi e sempre tentando lembrar quão baixo Jesus desceu para recolhê-lo” (MANNING 2005:143).







II- CHAMANDO PARA UMA NOVA VIDA



a) Segue-me!: Mateus era um homem que aparentemente havia se encontrado na vida, pois, tinha um bom emprego, uma casa que acomodava muitas pessoas. Mas, ele estava sem rumo, sem razão de viver. Jesus o chamou para uma vida com propósitos mais elevados.

b) Todos podem se arrepender: Essa história confirma uma verdade Bíblica – Todos podem mudar, se deixar Cristo assumir o controle todos podem ser diferente. Mateus era considerado um ladrão, por explorar o povo, mas houve solução para sua vida.

c) Oferecendo algo a Jesus: Mateus por ser rico ofereceu um banquete. Mas, todos podem oferecer algo como forma de gratidão ao Senhor, e uma boa maneira, é convidar as demais pessoas, que assim como nós são pecadoras, a terem um encontro com o Mestre. Foi o que Mateus fez, a Bíblia diz: “...estes eram em grande número e também o seguiam” (Marcos 2:15), “Muitos publicanos e pecadores vieram e tomaram lugares com Jesus e seus discípulos” (Mateus 9:10).



III- UM MINISTÉRIO GUIADO POR DEUS.


a) Por que comeis e bebeis com os publicanos e pecadores? Os fariseus com essa pergunta demonstraram interesse em dominar o ministério de Jesus, desejaram dizer o que ele deveria ou não fazer. Mas, Cristo como tinha claramente ordens daquele que o enviou, não cedeu.

b) Hoje, não é diferente, mesmo não se preocupando com a igreja, o mundo quer ditar qual é o papel dela na terra, mas não podemos ceder. Temos uma missão dada pelo Senhor Jesus e temos que cumpri-la cabalmente (Mateus 28:18-20).

c) Devemos levar em conta o que Jesus disse aos Fariseus em Mateus 9:13: “Ide, porém, e aprendei o que significa: Misericórdia quero e não holocaustos”.

d) A igreja é lugar de doentes e de cura (vs.31 e 32): Quantas vezes expulsamos da igreja, mesmo que indiretamente, pessoas que estão doentes e procurando por cura? Se elas não encontrarem cura na igreja (em Cristo) não encontrarão em nenhum outro lugar (pessoa). Reconheço que a igreja (termo repetido para a devida ênfase) é um lugar complicado, isso se dar por que nela temos muitas pessoas doentes e outras ainda em tratamento, todavia, a cura encontra se nela.







CONCIDERAÇÕES FINAIS


No livro O Hobbit de J. R. R. Tolkien há um momento onde o Hobbit e seus companheiros de viagem são advertidos: “Direto pela floresta é o seu caminho agora. Não saiam da trilha! Se fizerem isso, têm uma chance em mil de encontrá-la de novo e de sair da Floresta das Travas” (TOLKIEN 2005:135).

Deus nos faz essa mesma advertência. Quantas vezes, por nos sentirmos doentes e pecadores demais, achamos que a única solução para o problema é abandonar a igreja, mas nos a Palavra nos diz: “Os são não precisam de médicos, e sim os doentes”, assim, você está no lugar certo, apenas – Não saia da Trilha!





REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS



MANNING, Brennan. O Evangelho Maltrapilho. São Paulo: Editora Textos, 2005.

TOLKIEN, J. R. R. O Hobbit. São Paulo: Editora WMF Martins Fontes, 2009.